Famílias de Tarumirim sofrem com enchente

Vinte e nove de dezembro de 2011 não foi um dia perfeito para algumas famílias de Tarumirim. Vários pontos da cidade sofreram com o alagamento repentino, que deixou muitas casas prejudicadas. Cerca de cinqüenta famílias sofreram com a enchente que inundou vários pontos da cidade. Entre eles, podemos destacar as ruas Jaeder Albergaria, Jose César de Paula, São Sebastião, Pedro de Lima e Augusto de Lima.
O alagamento inesperado se deveu, principalmente, à forte chuva que caiu na parte da manhã. Os córregos da Serrinha e Barreirão, responsáveis pelo maior volume de água que chega até a cidade, encheram rapidamente, não encontrando espaço suficiente para a correnteza, tampouco deu tempo às famílias, de áreas mais baixas e próximas ao rio, de salvarem seus pertences.
Algumas famílias perderam todos os móveis da casa, uma situação triste de se ver. Outras perderam alguns objetos. Alguns comércios sofreram prejuízo considerável. Resumindo, vinte e nove de dezembro de 2011 não foi uma manhã muita boa para muitas pessoas em Tarumirim.
Muitos até chegaram a fazer um comparativo entre essa inundação e as que aconteceram em 1974 e 1978. De acordo com algumas pessoas, a de 1978 foi muito forte, muitas famílias foram surpreendidas por uma enchente que varreu vários pontos da cidade, e o pior, muitas pessoas foram surpreendidas durante a noite.
Tarumirim tem sofrido com várias outras inundações repentinas. A chuva faz a história se repetir.
Em momentos assim, aparecem os críticos que tecem seus comentários e os práticos que ajudam as pessoas necessitadas. Nesse ínterim, não podemos deixar de destacar os muitos voluntários que marcaram presença com suas doações. Também, não podemos deixar de ressaltar que a administração municipal deu grande apoio às famílias prejudicadas, oferecendo alimentação, colchões, cestas básicas etc.

PRECISAMOS REPENSAR
Nossa população precisa repensar o modo como tem tratado o rio que corta a cidade de Tarumirim. Há lugares que ele mal encontra espaço para suas águas passarem em tempo de seca, quanto menos em tempo de cheia.
Assim como nós, a natureza necessita de espaço suficiente para viver e respirar. Nosso rio está aprisionado e desrespeitado. Quando não é do lado é por cima. Tem gente pagando a conta, e pagando caro, perdendo tudo, sem ter nada a ver com isso.
Tem gente que se alivia da falta de responsabilidade, que está enraizada em seu ser ou que presencia nos outros, culpando o poder público. Máquina pública nenhuma funciona sem a colaboração da comunidade. E a gente tem visto, com sobra, a falta da misericórdia comunitária para a afirmação das coisas que dizem respeito ao crescimento do nosso lugar e o bem de nossas famílias.
Vamos refletir um pouco sobre isto! Temos que crescer para melhorar nossa pólis. Mas, antes de qualquer coisa, temos que entender que para começarmos a crescer temos que nos habituar a fazer as coisas de maneira correta.
Aprendi com Aristóteles que só o hábito de fazer as coisas de forma correta é capaz de incutir no homem as coisas que precisa aprender ou ver apreendidas. Não sei se o pensador grego está correto, mas quem se habituou a fazer determinadas coisas sabe a eficácia do que estou falando.
RONALDO JOSÉ FERREIRA

FOTOS DA ENCHENTE DE 1978 EM TARUMIRIM